A carta foi enviada à Casa Civil no dia 16 de junho pela Concessionária Maracanã, de acordo com o "GloboEsporte.com". A concessionária é formada pela Odebrecht (95%) e pela norte-americana AEG (5%).
O grupo alega que não conseguiu um acordo com o governo para rever o contrato de cessão da arena.
Em 2013, o consórcio venceu a licitação para explorar o estádio por 35 anos. No acordo, o grupo poderia derrubar o parque aquático e o estádio de atletismo para erguer um centro comercial e estacionamentos.
Logo após, o governo recuou e proibiu a derrubada das instalações esportivas.
A carta serviu apenas para oficializar a saída do consórcio. Em março, as duas empresas já haviam entregue aos organizadores dos Jogos Olímpicos o estádio e não pretendia retomar o comando da arena após o evento.
Há três anos, o grupo venceu a concorrência oferecendo R$ 5,5 milhões por ano como outorga. O valor superou o da única concorrente na disputa, que apresentou proposta de R$ 4,7 milhões de outorga anual.
A Odebrecht também tocou a reforma do Maracanã. A empreitada em conjunto com a Andrade Gutierrez chegou a cerca de R$ 1,2 bilhão.
Neste mês, a Odebrecht afirmou a procuradores da Lava Jato, em tratativas para negociar sua delação premiada, que o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) cobrou propina em obras como o metrô e a reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014.
Atualmente, o estádio está fechado aos cuidados dos organizadores dos Jogos Olímpicos. No dia 5 de agosto, o Maracanã receberá a abertura da competição.
Fonte: folhapress